Autor: M.B.X.
Hoje parei para pensar sobre o peso que deve ter sido aquela cruz que Jesus Cristo carregou sozinho. Nunca saberemos quão grande foi a dor física que Ele sentiu naquela ocasião, pois somos tão frágeis; quando sentimos uma dor de cabeça, na coluna ou em outra parte do corpo, já reclamamos e às vezes ainda pedimos para morrer.
Mas aquele homem apresentava um diferencial: Ele não apenas tinha um corpo físico como qualquer outro indivíduo da época, era o Filho de Deus. E mais do que isso, o peso da cruz nem se compara a um peso milhares de vezes maior que Ele carregou: o preço de ser o Filho prometido de Deus que livraria toda a humanidade dos seus pecados e permitir-lhes-ia reconciliar-se com o Pai.
Às vezes eu gostaria de apresentar, não um Atestado Médico, pois esse me permitiria apenas faltar ao serviço, à universidade ou deixar de fazer atividades rotineiras de casa. Eu gostaria, na verdade, de obter um Atestado para a Vida, contudo, provisório. Eu queria repousar por um segundo que fosse, assim não teria que chorar com os que choram, consolar os que precisam de consolo, nem mesmo teria de fazer o bem a quem quer que seja, não lamentaria pela dor alheia, muito menos precisaria trabalhar tanto. Ficaria por um segundo livre de tantas responsabilidades.
Você já parou para pensar no quanto somos ingratos uns com os outros? Com nosso Pai, principalmente. Quantas vezes damos “muito obrigada(o)” a alguém por algo que recebemos? Fico muito triste quanto faço tudo por uma pessoa e ela ainda acha que faltou mais. É como diz o dito popular, você dá a mão e o outro que é o braço, ou melhor, esse ditado deveria ser assim: você dá a mão e o outro quer o corpo, a alma e mais um pouco.
Como Cristo foi tão bom mesmo diante de tanta ingratidão. Hoje pude sentir 0,1% do que Ele deveria ter sentido em relação a isso. Ao menos deveria ter sentido, entretanto, Ele não sentiu. Sinônimo de bondade, amor e caridade, foi o Filho de Deus. Fez tudo por nós, deu sua própria vida, e mais grandioso foi seu ato, por ter sofrido calado tantas humilhações, dores imensuráveis, castigos, além de realizar inúmeros sacrifícios por nós, e ainda assim, a sociedade achou que ele merecia ser punido ao invés de outros acusados que carregavam manchas de delitos em suas vestes.
Mesmo sabendo da trajetória de Jesus Cristo e do propósito da sua vinda à Terra, não nos esforçamos o suficiente para recompensar cada chicoteada que Ele recebeu. Claro que Ele não nos cobra nada, um Ser tão bom, misericordioso e perfeito, que nos pede apenas para seguir Seus Mandamentos.
Quantas vezes reclamamos que os Mandamentos são muitos e afirmamos que é difícil segui-los à risca? Será que paramos para pensar no estilo de vida que Aquele menino passou, desde seu nascimento na manjedoura? Quantas tentações Ele sofreu nesse mundo? Para nós já é difícil viver, imagine para um homem que trouxe uma disparidade: nasceu como qualquer outro, porém, era divulgado por todos os cantos que era o Filho de Deus, isso gerou perseguição, inveja e curiosidade de muitos.
Hoje temos a graça de falar diretamente com o Pai Celestial, através de nossas orações, invocando-o através do seu filho, Jesus Cristo, e ainda achamos pouco. Podemos receber milagres e tantas graças, bastando pedir com fé. O que queremos mais? Temos um Pai que nos ama de tal maneira, que deu Seu único Filho para nos salvar. Quem de nós seria capaz de doar seu filho aos maus tratos, castigos e ódio de outrem? Mesmo sendo ruins, nós queremos o melhor para nossos filhos, imagina um Ser perfeito e cheio de caridade, consequentemente, desejará somente o melhor para nós. Então, libertai-nos do mal e apeguemo-nos a quem nos ama!!