sábado, 7 de maio de 2011

Nos braços do Pai, pelo Filho


Autor: M.B.X.
           

Hoje parei para pensar sobre o peso que deve ter sido aquela cruz que Jesus Cristo carregou sozinho. Nunca saberemos quão grande foi a dor física que Ele sentiu naquela ocasião, pois somos tão frágeis; quando sentimos uma dor de cabeça, na coluna ou em outra parte do corpo, já reclamamos e às vezes ainda pedimos para morrer.
Mas aquele homem apresentava um diferencial: Ele não apenas tinha um corpo físico como qualquer outro indivíduo da época, era o Filho de Deus. E mais do que isso, o peso da cruz nem se compara a um peso milhares de vezes maior que Ele carregou: o preço de ser o Filho prometido de Deus que livraria toda a humanidade dos seus pecados e permitir-lhes-ia reconciliar-se com o Pai.
Às vezes eu gostaria de apresentar, não um Atestado Médico, pois esse me permitiria apenas faltar ao serviço, à universidade ou deixar de fazer atividades rotineiras de casa. Eu gostaria, na verdade, de obter um Atestado para a Vida, contudo, provisório. Eu queria repousar por um segundo que fosse, assim não teria que chorar com os que choram, consolar os que precisam de consolo, nem mesmo teria de fazer o bem a quem quer que seja, não lamentaria pela dor alheia, muito menos precisaria trabalhar tanto. Ficaria por um segundo livre de tantas responsabilidades.
Você já parou para pensar no quanto somos ingratos uns com os outros? Com nosso Pai, principalmente. Quantas vezes damos “muito obrigada(o)” a alguém por algo que recebemos? Fico muito triste quanto faço tudo por uma pessoa e ela ainda acha que faltou mais. É como diz o dito popular, você dá a mão e o outro que é o braço, ou melhor, esse ditado deveria ser assim: você dá a mão e o outro quer o corpo, a alma e mais um pouco.
Como Cristo foi tão bom mesmo diante de tanta ingratidão. Hoje pude sentir 0,1% do que Ele deveria ter sentido em relação a isso. Ao menos deveria ter sentido, entretanto, Ele não sentiu. Sinônimo de bondade, amor e caridade, foi o Filho de Deus. Fez tudo por nós, deu sua própria vida, e mais grandioso foi seu ato, por ter sofrido calado tantas humilhações, dores imensuráveis, castigos, além de realizar inúmeros sacrifícios por nós, e ainda assim, a sociedade achou que ele merecia ser punido ao invés de outros acusados que carregavam manchas de delitos em suas vestes.
Mesmo sabendo da trajetória de Jesus Cristo e do propósito da sua vinda à Terra, não nos esforçamos o suficiente para recompensar cada chicoteada que Ele recebeu. Claro que Ele não nos cobra nada, um Ser tão bom, misericordioso e perfeito, que nos pede apenas para seguir Seus Mandamentos.
Quantas vezes reclamamos que os Mandamentos são muitos e afirmamos que é difícil segui-los à risca? Será que paramos para pensar no estilo de vida que Aquele menino passou, desde seu nascimento na manjedoura? Quantas tentações Ele sofreu nesse mundo? Para nós já é difícil viver, imagine para um homem que trouxe uma disparidade: nasceu como qualquer outro, porém, era divulgado por todos os cantos que era o Filho de Deus, isso gerou perseguição, inveja e curiosidade de muitos.
Hoje temos a graça de falar diretamente com o Pai Celestial, através de nossas orações, invocando-o através do seu filho, Jesus Cristo, e ainda achamos pouco. Podemos receber milagres e tantas graças, bastando pedir com fé. O que queremos mais? Temos um Pai que nos ama de tal maneira, que deu Seu único Filho para nos salvar. Quem de nós seria capaz de doar seu filho aos maus tratos, castigos e ódio de outrem? Mesmo sendo ruins, nós queremos o melhor para nossos filhos, imagina um Ser perfeito e cheio de caridade, consequentemente, desejará somente o melhor para nós. Então, libertai-nos do mal e apeguemo-nos a quem nos ama!!

Nas Portas do Céu

"Eu não quero dirigir-me às portas do céu
em um carro esporte brilhante, 
vestida com roupas estonteantes de grandes costureiros, 
com meu cabelo cuidadosamente penteado 
e com unhas perfeitas.
Eu quero chegar num carro de família, 
com lama nas rodas por ter levado as crianças ao acampamento dos escoteiros.
Eu quero estar lá
com creme de amendoim em minha camisa, 
devido aos sanduíches que fiz às crianças de uma vizinha doente.
Eu quero estar lá 
com poeira embaixo das unhas 
por ter ajudado a tirar ervas daninhas do jardim de alguém.
Eu quero estar lá
com as marcas dos beijos grudentos de crianças em minha bochecha
e com lágrimas de um amigo em meu ombro.
Eu quero que o Senhor saiba 
que eu realmente estava aqui e que realmente vivi."
 
(Sister Marjorie Hinckley)

terça-feira, 26 de abril de 2011

NÃO IMPORTA O QUE ACONTEÇA,
DEUS VAI SEMPRE ESTAR
DO SEU LADO!
 
MESMO QUE A NOITE
TENHA SIDO TRISTE,
 
MESMO QUE O DIA
TENHA SIDO DIFÍCIL,
 
COM DEUS VOCÊ
ESTARÁ SEMPRE BEM...

(Autor: Desconhecido)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Por que viver?

Autor: M.B.X.

            Ao nascermos passamos por uma fase de ingenuidade e a cada dia nos deparamos com as descobertas de um mundo repleto de mistérios. Vamos crescendo e ganhando a consicência do certo/errado e do bem/mal. Até chegarmos a grande questão: qual é o propósito da vida?
            As respostas variam por grupos religiosos ou não e por especialistas de diversas áreas. Alguns acreditam que Deus move o universo e todas as coisas, e que Ele espera que sejamos felizes, outrora, uns afirmam que a própria natureza incitou a criação (e se assim for, deveremos viver por ela?), há também os que dizem que precisamos viver intensamente e sem limites por não haver eternidade.
            Qualquer que seja o ponto de vista, com embasamento científico ou analisado empiricamente, estamos vivos e essa é a melhor oportunidade de realizarmos maravilhas e obras grandiosas. Podemos até usufruir das oportunidades, mas que escolhamos aquelas que tragam menos risco de limitar a nossa felicidade.
            Desde a minha infância, sempre senti no coração que poderia fazer a diferença na vida de algumas pessoas, ao servi-las. Entretanto, percebi também que seria uma missão difícil, porque eu precisaria lutar contra o egoísmo, a vaidade e o orgulho.
            Para propiciar melhores condições de vida e ajudar na felicidade alheia, muitas vezes requer sacrifício e poderá custar sua liberdade individual em prol do coletivo. Todavia, estamos preparados para assim agir? Que tal iniciarmos um projeto que contemple apoio aos necessitados e aflitos? Vamos nos mexer, é necessário sair da zona de conforto!

sábado, 19 de março de 2011

Sonho com você

Autor: M.B.X.

            Quisera eu ter você ao meu lado, tocando a minha pele, sussurrando no meu ouvido, abraçando-me ao andarmos pelas ruas frias de Vitória da Conquista, trocando carinhos até o amanhecer. Será melhor o seu beijo roubado ou conquistado?
            Bastariam apenas alguns segundos perto de você, para que eu fosse uma mulher mais feliz e completa. Quais são os seus encantos? Só porque é extremamente inteligente e lindo da cabeça aos pés? Ou pelo fato de ser cheiroso, elegante e formoso? Ou quem sabe por ser um jovem tão experiente? Isso não justifica. Talvez você me faz suspirar de paixão porque possui uma fórmula de sedução sem fim, apesar de ter um olhar de anjo, é um selvagem que me domina quando menos espero. E quando você canta ou dança? Você é realmente irresistível e eu sou uma jovem carente de amor.
            Ah, eu gostaria de sentir novamente os batimentos do seu coração, pois somente assim, eu estaria protegida no seu colo. Seríamos apenas um e não mais duas metades distantes. Só ao pensar em você, minhas pernas tremem, as minhas mãos começam a suar, meu coração palpita e sinto um frio na barriga como se fosse o dia do nosso primeiro beijo.
            Posso receber dezenas de mensagens dos meus amigos e familiares, todavia, quando o meu celular vibra e identifico seu número no torpedo, sinto uma forte emoção. Meu corpo novamente me desobedece e pede o seu, a minha noite fica vazia até que eu sonhe com você.
            Se eu fosse atingida por um raio ou por centenas de tiros, ainda assim, não doeria tanto quanto o que sinto quando você some. Só quero saber se você está bem, mesmo acreditando que, ao seu lado, eu faria de você o homem mais realizado. Se eu ganhasse milhões de dólares, de nada adiantaria sem o seu amor, a sua admiração, os seus carinhos e o seu respeito. Você é a maior riqueza que posso ter.
            Com você, o céu fica mais estrelado, a lua e o sol ganham mais brilho e beleza, o mar processa mais ondas e a minha vida tem mais sentido. Ao seu lado, eu seria uma mulher perfeita e teria apenas duas preocupações: você e nós dois. E só porque é o dono dos meus sentimentos, por favor, não peça para eu esquecê-lo, afinal, sou uma louca apaixonada.

De volta para casa

Autor: M.B.X.

            Uma vez pensei em ser au pair a fim de aprimorar meu conhecimento da língua inglesa. Na verdade, sempre estive pronta para novos desafios, no entanto, percebi a tempo que esse caminho custaria muito caro, pois eu ficaria distante dos meus familiares e amigos por um longo período e vários quilômetros, além de deixar minha zona de conforto e meu país que muito pode me oferecer.
            Então, comecei a trilhar um trajeto de serviço dedicado exclusivamente ao povo da minha comunidade, por aptidão. E com isso, precisei mudar de cidade, ganhei novos amigos e até parentes, pela consideração. Tenho facilidade em adaptar-me a novas situações, e mesmo com as abdicações, busquei aproveitar ao máximo as oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
            Não deixei a vida parar, como algumas pessoas, que muitas vezes, parecem estagnar e esperar que o destino as leve para qualquer lugar. Prefiro acreditar que o meu futuro está nas minhas próprias mãos, portanto, cada escolha minha trará um conseqüência benéfica ou maléfica, que poderá propiciar rumos diferentes para mim.
            Deve ser bem difícil para aqueles que passam por décadas ou até meio século sem ter contato ou notícias dos seus entes queridos. Eles perdem as comemorações de aniversário, o crescimento das crianças, as festas familiares, os dias de alegrias e de tristezas, enfim, estavam ausentes dos acontecimentos que nunca mais serão repetidos. São muitos os que saem dos seus lares e migram para as capitais ou até mesmo para outros países em busca de empregos e condições melhores de vida. Eles renunciam sua própria felicidade e conforto, em troca do risco de acertar ou errar.
            Alguns percebem a dimensão do erro e tentam retornar para casa, porém, já não possuem recursos e possibilidade para assim agir. É um preço alto a se pagar, em troca de um salário que será relativo às despesas para se manter num meio extremamente capitalista. Então, por que partir de casa?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pelo trem da vida

Autor: M.B.X.

            Certa vez recebi uma mensagem na qual dizia que nossa vida se assemelha a um trem. Comecei a analisar sobre as minhas escolhas, pois elas me fizeram percorrer por muitas cidades e lugares, nos quais pude conhecer tantas pessoas. E o mais comovente disso é que algumas delas pararam em pontos distantes do meu, umas continuaram trilhando por novos caminhos, outras partiram dessa vida e perdi o contato com parte delas.
            Hoje estou arrumando as malas mais uma vez, aguardando a hora do próximo trem, pois finalizei a minha missão nesse local. Já sinto saudade daqueles que me fizeram feliz, dos que me ensinaram algo novo e até mesmo daqueles que pouco acrescentaram ou que nem perceberam que aqui me encontrava.
            E se eu parar em um ponto e não mais querer viajar pelo trem da vida? Simplesmente, não posso. Pela frente, vejo um mundo incrível de oportunidades, desafios e maravilhas, congestionado de trens que levam pessoas por todas as partes. E por mais diferentes que elas sejam, possuem um traço em comum: estão na mesma viagem.
            Alguns desses passageiros estão cansados, outros contentes, uns deprimidos, com muitas riquezas materiais em suas bagagens, têm aqueles que não levam quase nada, outro grupo leva muito conhecimento – e mesmo assim, busca mais livros para ler durante a viagem –, há os que preferem buscar tesouros celestiais, outros estão completamente perdidos e com medo da próxima parada.
            Independente da estação que você ingressou no trem, todos temos um história para contar. São as amizades, os amores, os sonhos, os encontros, as metas, as realizações, as esperanças, os desencontros, as despedidas, as lágrimas e os sorrisos que ficarão cravados no nosso coração e nas nossas recordações.

A partida

Autor: M.B.X.

            Muitas vezes tentei imaginar como eu me sentiria se soubesse quando iria morrer, mas prefiro ficar com a esperança de que hoje será mais uma oportunidade de ser feliz e de fazer alguém feliz, esquecendo assim, de que o presente poderá se tornar o passado de uma mortal que se foi, numa fração de segundo.
            A jornada terrestre nos propicia alegrias, tristezas, amor, ódio, certezas, incertezas, luz, escuridão, saúde, doença, paz, guerra e tantos outros sinônimos que simplesmente nos moldam. O ouro para se transformar em uma linda jóia ou em barras passa por um longo processo.
            Assim somos nós, diariamente ganhamos fardos para carregar, uns leves, outros muitos pesados, e algumas vezes, sentimos que não vamos suportar carregá-los. Entretanto, eles são moldes responsáveis pela construção do nosso caráter, da nossa personalidade e da expansão dos nossos limites. Para a nossa surpresa, percebemos que as situações de pesar revelaram uma energia e uma força que estava escondida ou esquecida. E o melhor é que ao olharmos para o lado ou para trás, verificaremos que em algumas ocasiões tivemos a companhia e o apoio de parentes, amigos, vizinhos, colegas, conhecidos e até desconhecidos, e para os que crêem, o nosso Pai Celestial esteve conosco nos carregando em seus braços.
            Na verdade, nunca estamos completamente a sós. Mesmo que quiséssemos ir para uma ilha inabitada e passar um tempo por ali, ainda assim, levaríamos conosco as lembranças dos momentos que compartilhamos com alguém, e a saudade nos impulsionaria a retornar. Qual é o preço da solidão? Por que escolher um caminho tranqüilo e que inibe o crescimento e as descobertas, em que apenas um seguiria, se podemos percorrer de mãos dadas um trajeto de experiências, sonhos, conquistas, autonomia, liberdade e encanto?
Depois de um tempo percebi que o que vale a pena é traçar planos para o agora. Pois, mais cedo ou mais tarde, todos iremos partir, por conseguinte, faremos parte da história da vida. Portanto, devo parar de criar desculpas e lamentar pelo que não foi realizado, pois quando o futuro chegar, quero apenas ter a certeza de que gastei a minha energia, o meu tempo e as minhas habilidades em prol de alguém, permitindo-me ser plenamente feliz.
           

domingo, 13 de março de 2011

Acorrentado(a) por Mô

Autora: M.B.X.

           Ser chamado(a) de amor, musa inspiradora, flor(zinha), paizinho, mãezinha, mô, bibio(a), meu bem, bebê, coração, inho(a), paixão, dentre outros apelidos é uma forma de sermos reconhecidos como especial para alguém. Mas o quanto estamos presos ao outro? Apontar os motivos que levam ao desgaste de uma relação levaria muito tempo e espaço nas entrelinhas, por isso, vamos considerar alguns: os problemas financeiros, o ciúme, a possessividade em querer mudar os hábitos e o estilo de vida do parceiro.
É muito fácil gostar do outro quando tudo está bem, as finanças não inibem os passeios e não perturbam o sono. No início da relação, compreende-se com tranqüilidade o estilo de vida de cada um. Porém, após partilhar a intimidade e a própria convivência, cultiva uma liberdade de falar abertamente sobre os aspectos que lhe incomoda, daí as críticas podem ser mal ou bem recebidas e interpretadas. A rotina também conquista seu espaço, e consequentemente, a relação fica abalada como um trem que perdeu seu freio e passa a percorrer as trilhas sem saber onde, como e quando será o final.
Alguns entendem que o ciúme é uma demonstração de carinho. E qual é a medida certa para cada relacionamento? O excesso sempre prejudica. Se você comer muito chocolate, vai ter uma congestão intestinal ou favorecerá no aumento de peso e espinhas, mesmo que seja outro fator responsável, certamente, você culpará o chocolate. Existem variados tipos de pessoas, ninguém é igual a ninguém, ainda bem. Uns vão gostar de receber manifestações de afeto o tempo inteiro, enquanto que, outros querem de forma demasiada.
A proteção, a paixão, a amizade e o amor, às vezes, acompanha o sentimento de posse, de forma moderada ou excessiva. Querer que o outro viva como você deseja pode implicar num sério dano: o distanciamento e o desinteresse entre ambos. O coração se torna frágil como um cristal, e qualquer atitude sua, por menor que seja, será comparada ao bombardeio de uma metrópole.
Percebemos então, que o melhor a fazer é inovar a cada dia, usar da criatividade para manter acesa a chama da paixão, não esquecendo dos valores que sempre elevaram sua relação, seja a sinceridade, o respeito mútuo, a compreensão, o carinho e a cumplicidade.



Procura-se uma metade


Autora: M.B.X.

            Você já foi numa festa, na qual teve a impressão que a maioria dos homens ou mulheres atraentes tinha companhia? Se estavam bem ou mal acompanhados, não saberemos responder. Mas parece que todos ali procuravam uma espécie de alma gêmea.
O ser humano é uma criação esplêndida, cheio de sonhos, desejos, sentimentos e expectativas. Para alguns, parece ser fácil encontrar aquele ou aquela amada que simplesmente lhe completará. Para outros, talvez nem acreditem em uma alma que possa somar felicidade em seu coração. E ainda, há os que passam boa parte do seu tempo procurando ou esperando a chegada de um grande amor.
E depois de achar a sua cara-metade, o que virá? Basta curtir a vida a dois ou é necessário fazer um novo planejamento? Ou será que num determinado momento, a rotina manifestará intensamente na vida do casal? O que fazer se descobrir que você estava completamente enganado(a), pois aquele(a) não é de fato a companhia que sempre sonhou? E os opostos se atraem ou retraem? Qual é o segredo para conquistar alguém? E se você descobrir que não é o(a) único(a) para o outro? São muitas indagações, que caso sejam respondidas, podem afetar nosso caminho. Então será melhor viver cada situação em sua plenitude, sem tantas preocupações com o amanhã?
Cada pessoa leva consigo uma idiossincrasia que pode agradar ou não o outro. Alguns especialistas entendem que os opostos se repelem, o melhor é procurar alguém que tenha gostos, preferências e planos similares ao seu, pois assim, irão fazer de simples instantes uma recordação maravilhosa. Imagine seu parceiro ou sua parceira querendo passar a noite no Show de Chiclete com Banana, e você, querendo ficar em casa, sentado no tapete da sala, ouvindo uma música clássica, meditando, e ao mesmo tempo, curtindo a paixão que aflora na sua pele e na sua alma. Seria difícil, certo? Quem venceria? Ou ambos perderiam?
Com o tempo, os defeitos e as diferenças vão se mostrar com força, e o que parecia ser bom, começa a tomar rumos diferentes. Cabe a você analisar cuidadosamente como se sente a respeito da sua relação, o que tem feito pelos dois e o que espera do outro. Vale lembrar que, qualquer que seja o vínculo afetivo – amoroso, fraternal, maternal, de amizade ou paternal, exige confiança, paciência, sacrifício, e principalmente, amor. A paixão também é necessária, podendo perdurar por vários anos, todavia, é o amor que irá compensar o peso da dor, das angústias e do vazio.

Viver num piscar de olhos


Autora: M.B.X.

               Durante a minha infância ouvia os mais velhos dizerem que ao completarmos quinze anos, o tempo parece voar, e quando menos sentimos, estamos com muita experiência de vida acumulada.
                Lembro com perfeição da época em que meu irmão e eu brincávamos no nosso bairro, com o compromisso apenas de fazer as atividades escolares, e ao chegar o final do dia, deveríamos guardar os brinquedos utilizados nas tardes, em nossa casa, numa caixa de papelão enorme no depósito. As brincadeiras variavam desde as cantigas de roda, andar de bicicleta ou de patins, jogar vídeo game, fazer badoques e pipas, pega-pega, esconde-esconde, “cai no poço”, “telefone sem fio”, jogos com gude e bola, amarelinha, capturar borboletas e tanajuras, dentre muitas outras que inventávamos.
                Com as minhas amigas, sempre gostava de brincar de escolinha, na qual eu era a diretora e a professora, enquanto que, as demais meninas eram as alunas. Eu abusava da criatividade para criar os cadernos, as provas, as atividades e os livros que seriam utilizados na escola. E ai daquelas que não fossem estudantes aplicadas! Pois eu também não hesitava em exercer a função de coordenadora pedagógica, afinal, o importante era que as normas fossem mantidas com muita disciplina e respeito.
                Nós não tínhamos a liberdade de falar com os nossos amigos, colegas ou vizinhos pelo telefone. Nem imaginávamos que chegaria o tempo dos adolescentes e até mesmo as crianças terem acesso aos aparelhos de telefone sem fio – o celular e a internet, tecnologias atípicas nesse período.
                Até agora já se passaram duas décadas e meia de vida, e percebo que, de fato o dito popular é certeiro. Cheguei na fase adulta num piscar de olhos, e portanto, implica em muitas responsabilidades, desafios e situações inusitadas. Não posso mais sempre recorrer a painho e mainha, preciso identificar a solução para os meus problemas sem acarretar um fardo para minha família. Sendo assim, creio que manter o equilíbrio é fundamental, buscando aprender com as minhas experiências e as alheias, para me aproximar ainda mais da verdadeira felicidade.